quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Apresentação de autores: Mariana

Eu me chamo Mariana e como todos já imaginam, eu amo ler.
Meu gosto pela leitura começou há uns três anos atrás e no começo era minha maior diversão.

Lia muito, o tempo foi passando e hoje tenho uma preferência pela literatura um tanto complicado.
Amo literatura brasileira e vivo me cobrando para ler mais livros nacionais.
Sou apaixonada por músicas, principalmente Rock Nacional e MPB.
Minha grande paixão é a imortal Cassia Eller.

No meu grupo de amigos sou conhecida como a intelectual e a sabe tudo, fazem brincadeiras por que adoro ver documentários, filmes de dramas e clássicos que poucos conhecem.

Espero que vocês gostem das minhas futuras publicações.

Beijos de Luz.

sábado, 23 de abril de 2016

Quem é você, Alasca?

 Nesse romance de estreia, John Green já apresenta alguns dos traços marcantes que encontramos em seus outros livros: humor sempre presente, adolescentes nos papéis principais e as típicas mensagens transmitidas por metáforas.



A história se passa quase totalmente em Culver Creek, um colégio interno que fica no Alabama, e é narrada por Miles Halter, um garoto franzino de 16 anos que morava na Flórida antes de decidir seguir a tradição de família e ir estudar na Creek. Miles é fascinado pelas últimas palavras das pessoas, e toma essa decisão de sair de casa inspirado pela última frase do escritor François Rabelais (“Vou em busca de um Grande Talvez”).

Então Miles parte em busca de seu Grande Talvez. Chegando lá ele conhece seu colega de quarto, Chip Martin, conhecido por todos como Coronel, que logo apelida Miles de Bujão (uma ironia, pelo garoto ser muito magro). Pouco tempo depois, Bujão conhece Alasca, amiga do Coronel e quase vizinha de quarto deles. A partir daí, o garoto vai se apaixonando cada vez mais por ela, que é fascinantemente linda, segundo ele, mas que tem namorado. Mesmo sendo Miles (ou Bujão, como é sempre chamado) o narrador da história, muitas vezes parece que Alasca é a protagonista. Uma personagem cheia de vida e de histórias pra contar, “descolada”, muito inteligente, com uma personalidade forte, mas cheia de mistérios.

Bujão também faz outros amigos, como Takumi Hikohito, um japonês que gosta de rap e por vezes se sente excluído dos planos do grupo, e Lara Buterskaya, uma romena tímida que em determinado momento namora Miles. O grupo se diverte bebendo, fumando cigarros e passando trotes em vários outros alunos e no “Águia”, reitor da Culver Creek.




A partir daqui, o texto contém spoilers!

O livro é dividido cronologicamente em “antes” e “depois”, sendo o marco zero a morte de Alasca, que acontece depois de uma noite de bebedeira , quando ela tem uma crise e resolve sair de madrugada de carro, por motivos que não são explicados. Ela acaba sofrendo um acidente fatal, mas consegue se manter muito presente na história mesmo depois de morrer, já que seus amigos mais próximos passam a investigar as circunstancias de sua morte, que está carregada de mistérios. Muitas evidências mostram que ela pode ter cometido suicídio, alem de várias outras perguntas sem resposta, que deixam todos ainda mais arrasados, especialmente Miles.

Alasca era o tipo de pessoa que todos gostavam, e por muito tempo os alunos e professores ainda sentem sua morte e por vezes a homenageiam. Uma dessas homenagens é “o trote dos trotes” que ela mesma havia criado e nunca teve a chance de efetuar. Miles, Coronel e seus amigos o executam com maestria (“Por Alasca Young!!!”).



Cidades de Papel x Quem é você, Alasca?

A situação entre Miles e Alasca lembra muito o que acontece com Quentin e Margo em “Cidades de Papel”, outra obra muito conhecida de John Green. A garota linda, carismática e meio maluca, e o garoto tímido e sem graça que é completamente apaixonado por ela*. O desenrolar também é parecido: em Cidades de Papel, a busca de Quentin por Margot, que desapareceu misteriosamente. Em Quem é Você, Alasca? A busca de Miles por respostas sobre Alasca, depois de sua morte. Em muitos outros aspectos os livros se assemelham, como o fato de o garoto se aproximar mais dos amigos depois que a garota se vai.


*Como leitora crítica, não posso deixar de dizer que essas características mais externadas dos personagens se revelam não muito verdadeiras ou importantes. Vamos descobrindo aos poucos que Alasca está longe de ser perfeita (assim como Margo) e que Miles é muito mais do que aparenta. Esses valores impostos aos personagens são por vezes confundidos com estereótipos que vão sendo quebrados capítulo a capítulo, à medida que se desenvolvem.


As metáforas e reflexões

Assim como em outros livros do autor, em Quem é você, Alasca? temos personagens inteligentes que por vezes trazem questionamentos profundos sobre a vida, e, neste caso, também sobre a morte. Já no começo do livro, numa das primeiras conversas entre Miles e Alasca, nos é entregue uma das questões sobre as quais a história se desenrola.


Cada pequeno acontecimento é cheio de significados, alguns bem claros, outros que precisam de certa análise, tudo muito bem encaixado de acordo com a personalidade de cada personagem. Um dos pontos do livro é a atenção dada ao estudo religioso na Culver Creek e como isso, além do professor que leciona essa matéria, influenciam Miles durante a história.



Quem é você, Alasca? é uma amostra do talento de John Green ainda no começo de sua vida como escritor: ele consegue construir uma história totalmente envolvente e cheia de surpresas (e algumas polêmicas?), ganhadora de diversos prêmios de literatura juvenil e que conquistou fãs por todo o mundo, abrindo portas para outros sucessos futuros, como Cidades de Papel e A Culpa é das Estrelas. 

domingo, 17 de abril de 2016

Clue (Os 7 suspeitos)


Baseado no jogo Detetive (cujo nome original é Clue), essa produção de 1985 dirigida por Jonathan Lynn consegue cumprir seu papel como comédia mesmo se tratando de um suspense policial. Com personagens divertidos (e um tanto malucos) e um ótimo roteiro, o filme também conta com um elenco de peso, incluindo Tim Curry (‘Pennywise’ de It- Uma obra prima do medo) e Christopher Lloyd (‘Doc’ de De volta para o Futuro).


Seis pessoas recebem uma carta de um remetente desconhecido, convidando-os a comparecer numa velha mansão isolada na Nova Inglaterra. Ao chegarem, são recebidos pelo mordomo, Wadsworth, que os lembra de usar apenas o pseudônimo que lhe foi dado na carta de convite, para proteger suas verdadeiras identidades. Durante o jantar o suposto anfitrião chega, sendo apresentado apenas como Sr. Pessoa. Além deles, na casa também está uma cozinheira e Yvette, a empregada.

Os convidados descobrem que o motivo de estarem ali é porque Sr. Pessoa é seu chantagista, já que todos ali tinham algum tipo de segredo incriminador. Estão todos em uma sala, e o Sr. Pessoa entrega uma caixa pra cada um, contendo uma arma diferente em todas as caixas. Para se livrar da culpa ele os convence que o certo a fazer a seguir é matar Wadsworth, que é o único além deles que sabe todos os segredos pelos quais estão sendo chantageados e poderia entregá-los à polícia. Ele apaga a luz dizendo para matarem o mordomo, mas quando a luz é acesa, após um momento de caos e pânico, quem está morto é o Sr. Pessoa.

A partir daí todos os convidados, junto com o Wadsworth e Yvette, começam a caminhar pela mansão, determinados a descobrir quem foi o assassino. Enquanto isso novas mortes vão acontecendo, incluindo a cozinheira e outras pessoas que chegaram à mansão, sem que nada seja esclarecido. As mortes acontecem em cômodos diferentes, com armas diferentes, confundindo todos eles ainda mais. Ao se separarem em duplas a fim de encontrar um possível intruso, eles acabam descobrindo várias passagens secretas e mistérios da velha mansão.




A história apresenta três finais alternativos, um mais surpreendente que o outro, sendo o último considerado o verdadeiro. Divertido e inusitado, é com certeza uma ótima escolha para qualquer tipo de público.

domingo, 13 de março de 2016

Donnie Darko


Um garoto com problemas psicológicos, teorias sobre viagem no tempo e um coelho macabro gigante. Donnie Darko não é um filme comum. Dirigido por Richard Kelly e estrelado por vários atores que vieram a se tornar estrelas anos depois, o longa é um dos mais apreciados no universo Cult, mesmo não tendo feito muito sucesso na sua estreia, em 2001.


 Tudo começa na noite de 2 de outubro de 1988, quando Donnie é “acordado” (na verdade parece mais com um tipo de hipnose) por um coelho gigante que o guia até um campo de golf e lhe diz coisas sinistras sobre o fim do mundo ser dali a 28 dias. Ele passa a noite ali e pela manhã percebe que foi salvo pelo coelho, ao descobrir que uma turbina de avião caiu misteriosamente em cima da sua casa, exatamente no seu quarto.


Aviso: a partir desse ponto o texto contém spoiler!

A partir daí, o coelho (cujo nome é Frank) passa a aparecer frequentemente para Donnie, influenciando-lhe a fazer o que ele pede, como destruir o encanamento da escola para inundá-la e atear fogo na casa de um palestrante motivacional. Enquanto isso, na parte “normal” de sua vida, o garoto conhece Gretchen, uma menina nova na escola. O filme aproveita para fazer um tipo de crítica ao sistema educacional quando Donnie tem que enfrentar certos problemas com uma professora.


Em determinado momento, Donnie e Gretchen vão ao cinema e pouco tempo depois ela acaba pegando no sono, então Frank aparece numa poltrona ao lado dela e, sendo os únicos na sala do cinema, os dois começam a conversar. Donnie pede para que o coelho retire a máscara e ele o faz, revelando o rosto de um jovem comum, a não ser pelo seu olho direito, que está perfurado e sangrando.


Numa das aparições antes, o coelho havia perguntado a Donnie se ele acredita em viagens no tempo, e isso faz com que o garoto passe a pesquisar mais sobre o assunto. Ele resolve pedir ajuda para o seu professor de física, que lhe empresta um livro escrito há muito tempo por Roberta Sparrow, que atualmente é uma velha senhora que mora perto de Donnie, considerada maluca pela vizinhança (chegou a ser apelidada de Vovó Morte, por sempre estar no meio da estrada, na frente dos carros). Nesse livro, o garoto lê muitas das situações aparentemente inexplicáveis que acontecem com ele, relacionadas a destino, futuro e livre-arbítrio.


Na noite de 29 de outubro (faltando 1 dia para o que o coelho disse ser o fim do mundo), Donnie e sua irmã mais velha dão uma festa de halloween em sua casa, enquanto seu pai está viajando a trabalho e a mãe e irmã mais nova também estão fora, para uma competição de dança. O garoto escuta a irmã falar algo sobre um rapaz chamado Frank, que seria um amigo dela, e é levado por uma “força” à casa de Roberta Sparrow. Junto com ele vai Gretchen e mais dois de seus amigos. Chegando lá, encontram dois marginais (já conhecidos da escola) tentando assaltar a casa, e acabam sendo atacados por eles. Os amigos de Donnie fogem, e Gretchen é jogada no meio da rua. Quando percebem que um carro se aproxima com velocidade, os marginais fogem, porém a garota acaba sendo atropelada e morre.


O carro para e dele desce um jovem vestido de palhaço e outro vestido de coelho, numa fantasia exatamente igual ao da criatura que vinha aparecendo para o protagonista. Ambos tiram as máscaras, preocupados por ter atropelado a garota. Donnie reconhece Frank, e aponta uma arma (que o próprio Frank o fez encontrar dias antes, no guarda-roupa do pai) e atira nele, acertando em seu olho direito (!).


Nesse momento faltam apenas algumas horas para a data prevista por Frank. Donnie volta pra casa com Gretchen nos braços, coloca ela no carro e vai até o lugar em que estava nos primeiros minutos do filme, num tipo de mirante nas montanhas. De lá ele assiste um portal do tempo se abrindo, e do avião em que estavam sua mãe e a irmã mais nova é que surgiu a turbina que havia caído em seu quarto 28 dias antes. Mas dessa vez, Donnie não havia saído de casa a noite, e acabou morrendo no acidente. Gretchen nunca chegou a conhecer Donnie, e não morre.


Para compreender completamente o filme é preciso, no mínimo, parar e pensar um pouco sobre a história ou assistir mais de uma vez. O modo como as coisas se encaixam no final é sutil e ao mesmo tempo muito confuso, possibilitando vários tipos de interpretações possíveis (aliás, o parágrafo acima foi escrito a partir da minha interpretação rasa sobre o final do filme). Se você já assistiu Donnie Darko e entendeu de uma forma diferente, deixe seu comentário :) .

segunda-feira, 7 de março de 2016

Sherlock

1ª, 2ª e 3ª temporada- análise



O mais famoso detetive do mundo ganha uma nova adaptação: uma série de apenas nove episódios, distribuídos em três temporadas (e mais um episódio especial que não estará disponível no Brasil). Nela, Sherlock é interpretado pelo talentosíssimo Benedict Cumberbatch, que traz toda a astúcia e perspicácia do personagem para as telas, juntamente com Martin Freeman interpretando John Watson, de uma maneira muito atraente ao espectador.


Apesar de se passar no presente, a série tem todo o clima e charme da época em que Sherlock Holmes foi criado, no fim do século XIX. Como detetive consultor, Holmes ajuda a polícia desvendando crimes, muitas vezes sem receber nada por isso, apenas por paixão pelo que faz. Ele é extremamente observador, e utiliza desse método e de sua impressionante capacidade dedutiva para solucionar até o mais complexo dos mistérios.


O episódio piloto vem com título semelhante ao primeiro livro em que Sherlock Holmes aparece, “Um estudo em Vermelho” de 1887 (o episódio leva o título de “Um estudo em rosa”). Nele, o médico e ex-soldado John Watson conhece o detetive quando passa a dividir apartamento com ele no famoso endereço “Baker Street, 221-B” em Londres. Watson acaba virando um tipo de fiel escudeiro, ajudando com suas habilidades de médico e aturando Sherlock em toda sua presunção e, muitas vezes, arrogância.


Mesmo assim, os dois acabam virando grandes amigos e passam por vários perigos juntos, principalmente quando um vilão obcecado por Sherlock, Jim Moriarty, começa a usar sua inteligência de maneiras sórdidas para afetá-lo. Alguns dos outros personagens são Mycroft Holmes, primeiro ministro da Inglaterra e irmão de Sherlock, Mrs. Hudson, proprietária do imóvel onde os protagonistas moram, Molly, uma patologista apaixonada por Sherlock que os ajuda em seu laboratório e alguns policiais, como Greg Lestrade.

Sherlock e Mycroft Holmes
“Sherlock” é um drama policial super envolvente, tem um roteiro maravilhoso, totalmente baseado nos livros de Sir Arthur Conan Doyle, e uma pitada da irreverência típica de Holmes. A quarta temporada já foi anunciada pela BBC e tem previsão de estreia para 2016. 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sense8


Antes de mais nada, você precisa saber que há duas formas de entender Sense8: superficialmente ou de uma forma realmente profunda. Assim como na trilogia Matrix, os irmãos Wachowski, diretores da série, juntamente com J. Michael Straczynski, inovaram criando um mundo que ao mesmo tempo é muito próximo e muito distante da realidade. Nesse mundo, existe uma nova espécie de homo sapiens, uma versão evoluída da humanidade como conhecemos. Essas pessoas, chamadas de sensate (inglês para “sensitivo”) tem um tipo de ligação entre si por meio de uma substância no DNA, que permite a elas se conectarem com outros indivíduos do grupo.

Lana e Andy Wachowski, 

Depois de cada um dos oito integrantes desse novo grupo de sensate assistir ao suicídio de Angélica (que também era sensate e “deu a luz” ao novo grupo, se matando em seguida, para protegê-los), passaram a perceber coisas estranhas acontecendo no seu dia a dia. Por exemplo, no meio da noite, um policial em Chicago ouve barulho alto de música eletrônica e achando que é o vizinho, vai reclamar, mas quando chega ao apartamento, está completamente vazio. O que ele estava ouvindo era na verdade o que uma DJ na Inglaterra estava tocando numa festa. Eles estavam compartilhando aquele momento, sem saber.


Os integrantes do grupo protagonista estão espalhados pelo mundo, cada um numa cultura diferente e com vidas completamente distintas, mas todos vivendo algum tipo de problema. Cada um deles vê de forma diferente o que pode estar causando esses acontecimentos estranhos. No início, a maioria pensa que está ficando maluca, mas à medida que a história se desenrola cada um vai entendendo melhor o que está acontecendo e como lidar com isso.


 O policial de Chicago é Will Gorski, cujo pai também era policial, mas atualmente é um alcoólatra. A DJ é Riley, que é da Islândia mas vive na Inglaterra, e tem um passado conturbado. Há ainda Nomi, uma hacker transexual lésbica que mora em São Francisco e vive em desavença com sua mãe, que não a aceita como mulher; Lito, um ator mexicano gay não assumido, que tem que se esconder para poder viver com seu companheiro; Sun Bak, uma mulher de negócios coreana, que tem que tem que lidar com seu irmão mimado e o pai, dono da empresa, que não a valoriza. Além disso, Sun é habilidosa lutadora de taekwondo; Capheus “Van Damme”, um motorista de van que vive em Nairóbi, na África, e batalha para conseguir remédios para sua mãe, que tem AIDS; Kala Dandekar, uma farmacêutica que vive em Mumbai, na Índia, é devota a deuses hindus e está prometida a se casar com um homem que ela não ama; E Wolfgang Bogdanow, que vive em Berlim e foi criado no crime organizado, é um habilidoso arrombador de cofres e tem conflitos familiares.


A série não explica muito bem, mas além dos oito sensates do grupo protagonista, há outros mais velhos, que aparecem ao decorrer dos episódios. Um deles era Angélica, mas há também Jonas, “Sussurros”, e ainda uma mulher na Islândia que tem parentesco com Riley. Sussurros lidera uma organização que “caça” sensates pelo mundo, mas suas motivações não são explicadas, assim como muitas outras coisas na série, como o passado de Riley e um crime não solucionado que afetou muito Will quando criança. Esses mistérios só deixaram os fãs mais ávidos por uma nova temporada, que está confirmada para o final de 2016. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Deadpool




Nesse mês de fevereiro estreou nos cinemas o filme do anti-herói mais zoeiro dos quadrinhos: Deadpool. Quem conhece as HQs afirma que a adaptação beira a perfeição, respeitando todas as características do personagem e da história, mantendo-o extremamente fiel. A quebra da quarta parede acontece de forma natural, muito bem feita e na medida certa. As atuações são ótimas, com destaque, obviamente, para Ryan Reynolds, que protagoniza de forma espetacular. O elenco conta também com a brasileira (sim, brasileira!) Morena Baccari, no papel do par romântico de Wade Wilson, Vanessa. A história em si é simples, mas o que realmente chama a atenção são os diálogos, repletos de humor em quase todas as cenas.



Se você não conhece a história do personagem, um breve resumo: Wade Wilson é um mercenário extremamente habilidoso que, após ser diagnosticado com câncer terminal, aceita a proposta de participar de um experimento científico (Programa Arma X) que curaria a doença. Esse procedimento consiste em inserir uma substância derivada de um agente com fator de cura semelhante ao do mutante Wolverine. Wade adquire poder de regeneração, o que cura não só o câncer como qualquer doença ou ferimento que ele possa vir a ter. Mas o procedimento tem efeitos colaterais e sua aparência fica totalmente deformada. Sem coragem de voltar pra casa, pois acha que Vanessa, não vai aceitá-lo com aquela aparência, ele adota o codinome Deadpool, elabora um uniforme e passa a se dedicar para encontrar Francis, o médico sádico que o torturava durante a experiência.





Produzido com pouco orçamento (para os padrões de Hollywood), o longa tem ótimas sequências de ação, é visualmente muito bom, principalmente no que diz respeito às características dos personagens e é, acima de tudo, uma comédia; o humor é com certeza o ponto forte do filme. Apesar de a maioria das piadas e referências exigirem um certo conhecimento do personagem, qualquer pessoa pode assistir o filme e dar umas boas risadas.
Depois de alguns fracassos no currículo, como uma versão do próprio Deadpool em X-men origens- Wolverine, o ator Ryan Reynolds e a própria Fox conseguiram se redimir muito bem com o público nesse novo filme, que teve aprovação até dos fãs mais exigentes.